Notas sobre a biologia do minhocoçu Rhinodrilus priollii Righi 1967 em fragmento florestal urbano da Amazônia central, Brasil

Notes about the biology of gigant earthworm Rhinodrilus priollii Righi 1967 in urban forest fragment in the central Amazonia, Brazil

Contenido principal del artículo

Sandra Tapia-Coral
Fabiano Waldez

Resumen

A maioria das minhocas terrestres (Annelida: Clitellata: Oligochaeta) são animais essencialmen­te edáficos que habitam as camadas superficiais do solo, geral­mente até uma profundidade de 50cm (BROWN e JAMES, 2007). Nos ecossistemas edáficos as minhocas desempenham im­portantes funções ecológicas, estando entre os principais componentes dos macroinvertebrados do solo (animais invertebrados visíveis ao olho nu) e pertencendo ao grupo denominado de “engenheiros do solo”, em conjunto com cupins (Isoptera) e formigas (Hymnoptera) (LAVELLE et al., 1997). Essa denominação de “engenheiros” decorre desses animais produzirem no ambiente uma considerável quantidade de estruturas físicas que modificam a disponibilidade/acessibilidade de recursos para outros organismos (JONES et al., 1994). As minhocas destacam-se pela capacidade de perfurar o solo e suas galerias criam novos nichos para outros organismos (LAVELLE et al., 1997). A ocorrência das minhocas também aumenta a macroporosidade dos solos, contribuindo para a transformação da matéria orgânica e a mineralização de nutrientes utilizados pelas plantas (STORK e EGGLETON, 1992). As fezes das minhocas são ricas em nutrientes, aumentando, tanto a fertilidade, quanto a biomassa microbiana e a disponibilidade de nitrogênio nos solos (TAPIA-CORAL et al., 2006).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Referencias (VER)

BRASIL. 2016a. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: www.cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: ago. 2016.

BRASIL. 2016b. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Disponível em: http://site.suframa.gov.br/. Acesso em: ago. 2016.

BROWN, G.G.; JAMES, S.W. 2007. Ecologia, biodiversidade e biogeografia das minhocas no Brasil. Págs. 297-381. Em. Brown, G.G.; Fragoso, C. (Eds.). Minhocas de América Latina: Biodiversidade e ecologia. Londrina: Embrapa Soja. Brasil.

CHRISTOFFERSEN, M.L. 2007. Distribution and species diversity of Rhinodrilus Perrier, 1872 (Annelida, Clitellata, Lumbricina, Glossoscolecidae) in South America. Neodiversity 2:1-6.

CONCEIÇÃO, B.S. 2013. Padrões de ocorrência de aves de floresta como indicadores para a identificação de fragmentos florestais urbanos prioritários para a conservação em Manaus. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Gestão de Áreas Protegidas na Amazônia – MPGAP. Instituto Nacional de Pesquisas Amazônia, Brasil.

DRUMOND, M.A.; CAMPOS, S.H.; GUIMARÃES, A.Q.; NUNES, J.T. 2008. Uso e conservação do minhocuçu Rhinodrilus alatus. MG-Biota 1 (3):5-23.

DRUMOND, M.A.; BROWN, G.G.; MARINI-FILHO, O.J. 2012. Avaliação do risco de extinção do minhocuçu Rhinodrilus alatus RIGHI 1971. Biodiversidade Brasileira 2 (2): 134-139.

DRUMOND, M.A.; GUIMARÃES, A.Q.; EL BIZRI, H.R.; GIOVANETTI, L.C.; SEPÚLVEDA, D.G.; MARTINS, R.P. 2013. Life history, distribution and abundance of the giant earthworm Rhinodrilus alatus RIGHI 1971: conservation and management implications. Brazilian Journal of Biology 73 (4):699–708.

FARIAS, I.P.; SANTOS, W.G.; GORDO, M.; HRBEK, T. 2015. Effects of Forest Fragmentation on Genetic Diversity of the Critically Endangered Primate, the Pied Tamarin (Saguinus bicolor): Implications for Conservation. Journal of Heredity 106: 512-521.

JONES, C.G.; LAWTON, J.H.; SHACHAK, M. 1994. Organisms as ecosystem engineers. Oikos 69:373–386.

LANG, S.A.; GARCIA, M.V.; JAMES, S.W.; SAYERS, C.W. 2012. Phylogeny and clitellar morphology of the giant Amazonian earthworm, Rhinodrilus priollii (Oligochaeta: Glossoscolecidae). American Midland Naturalist 167:384–395.

LAVELLE, P.; BIGNELL, D.; LEPAGE, M.; WOLTERS, V.; ROGER, P.; INESON, P.; HEAL, O.W.; GHILLION, S. 1997. Soil function in a changing world: the role of invertebrate ecosystem engineers. European Journal of Soil Biology 33:159-193.

NAVARRO, E.A. 2005. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. São Paulo, Brasil.

RIGHI, G. 1967. Descrição de Rhinodrilus priollii, sp. n. Glossoscolecidae da Amazonia com bibliografia dos Oligochaeta terricola da região. Atas do Simpósio sobre a Biota Amazônica, 5 (Zoologia). Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Pesquisas:475-479.

RIGHI, G.; DE MARIA, M. 1998. Rhinodrilus alatus RIGHI 1971. Págs. 579–581. Em: Machado, A.B.M.; Fonseca, G.A.B.; Machado, R.B.; Aguiar, L.M.; Lins, L.V. (Eds). Livro vermelho das espécies ameaçadas de extinção da fauna de Minas Gerais. Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas. Brasil.

RÖMBKE, J.; MELLER, M.; GARCIA, M. 1999. Earthworm densities in central Amazonian primary and secondary forests and polyculture forestry plantation. Pedobiologia 43:518-522.

STORK, N.E. e EGGLETON, P. 1992. Invertebrates as determinants and indicators of soil quality. American Journal Alternative Agriculture 7:38-47.

TAPIA-CORAL, S.C.; LUIZÃO, F.J.; BARROS, E.; PASHANASI, B.; DEL CASTILLO, D. Effect of Pontoscolex corethrurus MULLER 1857 (Oligochaeta: Glossoscolecidae) inoculation on litter weight loss and soil nitrogen in mesocosms in the Peruvian Amazon. Caribbean Journal of Science 42 (3):410-418.

Citado por

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.